As balanites e balanopostites

Urologia em Vitória

A balanite é a o processo inflamatório/infeccioso da glande do pênis que na sua maior parte das vezes vem acompanhada de acometimento também no prepúcio, sendo denominada nesses casos de balanopostite. As principais causas são divididas basicamente em três tipos: infecciosas; inflamatórias e pré-neoplásicas, apresentado na tabela 1.

Entre as principais causas as mais comuns são aquelas do tipo infecciosa, tendo como agente infeccioso os fungos, representados pela Candida albicans (10 – 60%).1

Tabela 1 Etiologia das balanopostites

A principal via de transmissão da balanopostite é pelo meio da relação sexual. Entretanto não obrigatoriamente é necessário ter relação sexual para apresentar esse processo infeccioso/inflamatório no pênis. Pacientes que apresentam descompensação diabética, uso de imunossupressores (ex: corticoides) ou uso prévio de antibiótico para tratamento de infecção em outra localidade do corpo também são pacientes que apresentam maior risco em desenvolver a balanopostite. Isso ocorre pelo fato da queda da imunidade e consequentemente manifestação dos agentes infecciosos.

O principal fator de risco para o desenvolvimento da balanopostite são os homens que não são circuncidados, ou seja aqueles com excesso de pele no prepúcio, devido a maior dificuldade de higiene local, presença de uma secreção chamada esmegma (popularmente conhecida como “sebo” de coloração branca), e de condições que favorecem o crescimento de fungos, como o calor e umidade.2

A diabetes é a principal comorbidade associada às balanopostites, sendo encontrada em 76% dos casos. Os outros fatores de riscos são: obesidade, idade acima de 40 anos e promiscuidade.3 A tabela 2 mostra os principais fatores de risco relacionados.

O diagnóstico apresenta-se principalmente pela clínica, ou seja pelo sintomas dos pacientes que são composta na maioria das vezes de uma tríade: prurido, vermelhidão e ardor na região da glande e ou na região do prepúcio. Em casos mais evoluídos os paciente podem apresentar processo inflamatórios mais exuberantes com presença de secreção purulenta e fimose.

O tratamento ocorre na maioria das vezes mantendo a região seca e limpa, sem que haja uma limpeza excessiva, para evitar trauma local e perpetuar o processo inflamatório. Pode ser empregado o uso de antifúngico tópico ou oral e em casos refratário até mesmo a realização de postectomia. Para isso é importante a avaliação de um especialista. Caso haja necessidade consulte um urologista.

Referência:

1 – Alsterholm M et al. Frequency of bacteria, candida and malassezia

species in balanoposthitis. Acta Derm Venereol 2008,88:331-336

2 – JohnsonRA. Diseasesanddisordersofthemalegenitalia. In: Fitzpa trick TB, Eisen AZ, Wolff K, et al., eds. Dermatology in General Medicine, 5th edn. New York: McGraw-Hill, 2003:1092.

3 – Lisboa et al. International Journal of Dermatology 2009,48,121–124.

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